FELICITA A GERARDO E A RAMÓN LABAÑINO

LUIS MEDINA(RAMÓN LABAÑINO). Fai 45 anos o dia 9

Ramón Labañino Salazar naceu o 9 de Xuño de 1963 no municipio de Marianao, Ciudad de La Habana, Cuba.

REG. No. 58734-004

U.S.P. Mc Creary

P.O. BOX, 3000

Pine Knot, KY 4263

EE.UU.

...................................................................

GERARDO HERNÁNDEZ. Fai 43 anos o dia 4

Gerardo Hernández Nordelo naceu en Ciudad de La Habana,Cuba, o 4 de xuño de 1965

Gerardo Hernández Nordelo
# 58739-004
U.S. Penitentiary-Victorville
P.O.Box 5500
Adelanto, CA 92301


EE.UU.


[Voltar ao inicio desta nova]

NABKA; 60 ANOS DE LIMPEZA ÉTNICA PALESTINA

Publicamos hoje a declaração do Movimento pelos Direitos do Povo Palestino (MPMP) sobre os 60 anos de ocupação dos territórios da Palestina

Completam-se, nestes dias, 60 anos sobre o início de uma das maiores tragédias humanitárias do século XX: a expulsão de centenas de milhares de cidadãos árabes da Palestina das suas cidades, vilas e aldeias, das suas casas e terras, da sua pátria milenar. Este êxodo em massa foi imposto pela guerra, e através de métodos de inimaginável crueldade, pelo Estado de Israel a partir da sua fundação unilateral em 14 de Maio de 1948 e ficou conhecido pelos povos árabes como Nakba, a Catástrofe.

Os palestinos foram assim obrigados a uma imensa diáspora ao longo das últimas seis décadas. Hoje são milhões os expatriados directos da Nakba e respectivos descendentes, a maioria deles forcada a sobreviver em precários campos de refugiados, desenraizada em terras alheias, a mercê das vicissitudes regionais e internacionais. Aqueles que ficaram passaram a ser, eles próprios, refugiados na sua terra: nos territórios da Cisjordânia, de Gaza e de Jerusalém Oriental, todos ocupados por Israel na guerra de 1967.

A ONU tem vindo a aprovar várias Resoluções que não só condenam a expulsão dos palestinos como exigem a constituição de dois Estados independentes e soberanos no território da Palestina, como estabelecia a Resolução nº 181, de 29 de Novembro de 1947, e o direito dos refugiados ao regresso a sua terra. Outros instrumentos do Direito Internacional, designadamente as Convenções de Genebra, tornam nulas as medidas praticadas nos territórios palestinos ocupados por Israel, que contribuem ainda hoje para uma das maiores tragédias dos tempos modernos.

Acontece que o Estado de Israel tem podido agir impunemente, exercendo formas de violência que pertencem já ao terrorismo de Estado. Essa acção tem sido viável devido à protecção cúmplice dos EUA, por um lado, e à silenciosa e irresponsável condescendência da União Europeia, por outro. Nem sequer os milhares de vozes de protesto de cidadãos por todo o mundo motivaram as acções politicas necessárias.

Subscrevemos este texto nesta data porque consideramos que a existência da Nakba, que atinge o Povo Palestino, é incompatível com um Mundo onde se pretende que prevaleçam os princípios e direitos básicos da Humanidade. A prática de limpezas étnicas como esta e a cumplicidade e condescendência perante tais situações terroristas invalidam quaisquer declarações sobre a Paz, a Liberdade e a Justiça no Mundo. E desacreditam liminarmente aquilo a que convencionou chamar-se a guerra contra o terrorismo.

Subscrevemos este texto nesta data porque consideramos que é altura de o Governo de Portugal e a União Europeia serem plenamente coerentes com o imperativo ético de condenarem o Estado de Israel pela sua continuada agressão e de assumirem a responsabilidade política de, com urgência, porem em pratica as medidas eficazes no sentido do re-estabelecimento de uma Paz justa e duradoura no Médio Oriente, o que, antes de mais, supõe: (i) o fim da ocupação israelita, incluindo o fim de todos os colonatos, e o desmantelamento do muro de um novo apartheid (ii) a criação de um Estado Palestino independente, viável e soberano, com as fronteiras de 1967, (iii) a garantia aos refugiados e seus descendentes do regresso a sua terra.

Face à continuação da estratégia de violência e total desrespeito do Direito Internacional e das Resoluções Relevantes das Nações Unidas, é tempo de considerar a adopção de sanções, boicote de produtos e suspensão de acordos de cooperação entre a União Europeia e Israel, bem como de outras medidas apropriadas.

Subscrevemos este texto nesta data e com ele declaramos a nossa revolta perante esta Catástrofe, manifestamos a nossa profunda solidariedade com todas as vítimas e apelamos ao Povo Português para que reforce a sua fraterna e activa solidariedade com o perseguido Povo Palestino.

Lisboa, 26 de Maio de 2008

Primeiros subscritores (por ordem alfabética):

Adel Sidarius, Investigador em Estudos Árabes

Alfredo Caldeira, Jurista

António Avelãs Nunes, Professor Universitário

António Sousa Ribeiro, Professor Universitário

Boaventura Sousa Santos, Sociólogo

Bruno Dias, Deputado à Ass. Republica

Carlos Almeida, Investigador

Carlos Carvalho, dirigente Sindical

Duran Clemente, Militar de Abril

Francisco Santos, Presidente da C. M. Beja

Frederico Carvalho, Físico Nuclear

Gustavo Carneiro, Jornalista

Helena Roseta, Arquitecta, Vereadora C.M. Lisboa

Henrique Ruivo, Pintor

Ilda Figueiredo, Deputada ao Parlamento Europeu

Isabel Allegro de Magalhães, Prof. Universitária

D. Januário Torgal Ferreira, Bispo Forças Armadas

Jorge Melício, Escultor

José Barata Moura, Professor Universitário

José Casanova, Escritor

José Goulão, Jornalista

José Manuel Pureza, Professor Universitário

José Mário Branco, Compositor

José Mattoso, Historiador, Prof. Jubilado UNL

José Saramago, Escritor, Nobel da Literatura

Júlio de Magalhães, Investigador Assuntos Árabes

Luís Miguel Cintra, Encenador e Actor

Luís Moita, Vice-Reitor da U. Autónoma de Lisboa

Manuel Alegre, Deputado a Assembleia da Republica

Manuel Carvalho da Silva, Secretário-Geral CGTP

Manuel Gusmão, Poeta, Prof. Catedrático

D. Manuel Martins, Bispo

Margarida Tengarrinha, Artista Plástica

Maria Alzira Seixo, Prof. Catedrática U.L.

Maria do Céu Guerra, Actriz

Maria Eduarda Gonçalves, Prof. Catedrática ISCTE

Maria Elvira Barroso Gonçalves, Jurista

Maria Irene Ramalho, Prof. Catedrática U. Coimbra

Maria Velho da Costa, Escritora

Mário Ruivo, Biólogo

Mário Tomé, Militar de Abril, Ex Deputado à AR

Miguel Portas, Deputado ao Parlamento Europeu

Modesto Navarro, Escritor

Ruben de Carvalho, Jornalista, Vereador C.M. Lisboa

Rui Namorado Rosa, Professor Universitário

Salwa Castelo Branco, Prof. Catedrática da UNL

Silas Cerqueira, Investigador

Teresa Cadete, Escritora, Prof. Universitária

Vital Moreira, Professor Universitário

Vítor Alves, Coronel (reformado)

Nota: para subscrever: http://www.ipetitions.com/petition/NAKBA60

[Voltar ao inicio desta nova]

PALESTINA: 21.915 DIAS DE CATÁSTROFE

Reproducimos aquí este artigo do compañeiro palestino Mohamed Safa (quen fora representante da OLP en Galiza).

Son os días dos 60 anos de sufrimento que padecen os palestinos desde a criación do Estado de Israel, que supuxo para eles unha catástrofe, coñecida en árabe como o Nakba. Milleiros de palestinos vironse na obriga de abandonar o seu territorio e a vivir en campos de refuxiados até o día de hoxe. Non é unha opción elixida, é unha realidade imposta que o 70% da sociedade palestina son refuxiados e a metade do povo vive baixo unha ocupación militar. Medraron e medrou a súa ferida nesta viaxe de sufrimento. A Nakba non é un feito do pasado, é a vida de todos os días. É difícil comprender todo isto sen ver a obra humana do Estado de Israel.

Cando os palestinos din que seguen coas chaves de súas casas, dos 531 povos e cidades borrados, non se refiren a ese obxecto metálico que dá acceso a unha casa en ruínas, senón ao que significa para eles de pertenza, de cultura, de identidade, de compromiso. Eu diría que é o que máis une hoxe aos palestinos: esa chave é o reclamo do dereito ao retorno, recoñecido polas nacións Unidas a través da súa resolución 194. Fronte a iso, o Estado de Israel séntese impune para incumprir a legalidade internacional, claro está, co protexo inequívoco dos Estados Unidos.

O que ocorreu non son relatos de dous contos distintos, a traxedia consiste en que o proxecto sionista acádase só borrando ao pobo palestino. Co transcurso do tempo produciuse a eliminación dun pobo por un Estado. As destrucións, o asasinato, o muro, a confiscación do territorio... É a paisaxe do terror, é o filme que nunca se acaba. Xa que logo, a Nakba non comezou aquel día negro fai 60 anos, senón que segue sendo a realidade cotiá dos palestinos.

Os palestinos padecen desde fai décadas unha doenza, a ocupación militar, cuxo tratamento eficaz é poñer fin a esa anomalía e recuperar a liberdade deste povo. Os palestinos non pretenden ser unha grande nación, pero si souberon transmitir de xeración tras xeración o sentimento de loitar para ser unha nación libre.

É hora de que Israel comprenda que a súa continuidade non debe pasar soamente pola súa potencia militar. A forza ten un límite e a única paz posible, a única seguridade alcanzábel unicamente se consegue respectando o dereito e as fronteiras do outro. Non hai dúbida da súa capacidade militar, pero teño a certeza absoluta de que están cometendo unha inxustiza.

Fará Israel por egoísmo o que non soubo, nin quixo facer por dereito, xustiza e ética?
[Voltar ao inicio desta nova]


"COMANDANTE MANUEL MARULANDA: XURAMOS VENCER".COMUNICADO DAS FARC

Comandante Manuel Marulanda Vélez: Xuramos Vencer!

Cando fai 60 anos, a oligarquía desatou a guerra fratricida no noso país a través do terrorismo oficial e os odios partidistas procurando cambios na tenencia da terra e a recomposición do poder político, desestimóu a enorme capacidade de resistencia do noso povo e as colosais dimensións da súa dignidade.

Ao igual que centenares de milleiros de campesiños, Pedro Antonio Marín foi perseguido desde entón polo goberno e os sicarios paramilitares da época, obrigado a abandonar o seu acougo, traballo e pertenzas e logo, a defenderse para sobrevivir á barbarie oficial en aciago episodio da nosa historia nacional que custou a vida a perto de 300 mil compatriotas e propiciou o despoxo impune de millóns de hectáreas de terras fértiles que pasaron a mans de poderosos xefes liberais e conservadores de todo o país.

Desde entón, mercé ao seu liderado e enormes capacidades político-militares, quen logo se chamaría Manuel Marulanda Vélez en homenaxe a un líder sindical asasinado, foi asimilando a súa experiencia militar e desenvolvendo unha visión do mundo revolucionaria e comunista que lle permitiu comprender cabalmente as profundas causas económicas, sociais e políticas non só da súa propia situación persoal senón dos profundos desequilibrios, violencias e inxustizas da nosa sociedade.

Cando en 1964, a oligarquía lanza no sur do Tolima unha novo e criminal ofensiva militar contra o campesinado denominada Plan Laso, baixo a aberta dirección do Pentágono norteamericano, Manuel Marulanda Vélez xunto a 47 campesiños, logo de innumerables xestións políticas pola paz que non foron atendidas, érguese en armas para enfrontar a agresión e ir ao fondo da solución: loitar polo poder político e sentar as bases dunha sociedade con xustiza social en marcha ao socialismo.

Se Washington e a oligarquía non permiten a loita revolucionaria polas vías democráticas entón optamos por esa única opción posibel e nacen as FARC!

Inigualable estratega, condutor xenial, guerreiro invencibel, líder invicto de mil batallas políticas e militares libradas durante 60 anos de brega reivindicando os dereitos das pobres e enfrontando as violencias dos poderosos, revolucionario integral que asimilou a teoría dos grandes pensadores fundíndoa coas verdades que extraeu á vida na súa práctica diaria, forjándose como un dos máis destacados dirixentes revolucionarios de todos os tempos.

A humanidade non ten antecedentes dun líder das condicións de Manuel Marulanda Vélez que loite ininterrompidamente 60 anos, desde a oposición armada, e saído indemne e fortalecido logo de inmensos operativos militares de arrasamiento como o Plan Laso en Marquetalia, a Operación Sonora no cordal Central, a operación Casa Verde, operación Destrutor 1 e Destrutor 2, Plan Patriota, Plan Colombia.

E indemne e fortalecido tamén, logo de confrontaciones políticas de carácter estratéxico como as desenvolvidas nos procesos de conversacións co Estado colombiano en Casa Verde, Caracas, México e no Yarí que pretenderon o sometemento da vontade política e de loita das FARC sen ningunha mudanza nas estruturas da sociedade nin nas correlacións do poder político.

Nuns e noutras confrontaciones o noso comandante evidencióu a súa sabedoría e a súa capacidade para saír sempre airoso por moi adversas e difíciles que fosen as tormentas e os perigos e nos señalizó a ruta.

Con inmenso pesar informamos que o noso comandante en xefe Manuel Marulanda Vélez, morreu o pasado 26 de marzo como consecuencia dun infarto cardíaco, nos brazos da súa compañeira e rodeado da súa garda persoal e de todas as unidades que conformaban a súa seguridade, logo dunha breve doenza.

Rendémoslle os honores que merece un conductor da súa dimensión e dado honrosa sepultura. Despedímolo fisicamente en nome das milleiros e milleiros de guerrilleiros farianos e milicianos bolivarianos e dos millóns de colombianos e cidadáns do mundo que valórano, admiran e aman por riba da noxenta campaña mediática contra as FARC.

A todos eles e aos seus familiares facémoslles chegar a nosa solidariedade e a nosa voz de condolencia.

Foise o grande líder e de súas inesgotabeis ensinanzas que nos maduraron en todos estes anos á súa beira, hoxe, en medio da nosa dor, queremos salientar pola súa vixencia e grande valor a súa profunda confianza nos nosos principios revolucionarios plans, propostas e na victoria da causa popular; a temperanza para enfrontar as dificultades; e a esencial importancia que significa a sólida unidade interna que nos permitiu desenvolvernos con vigor en todos os momentos da nosa existencia.

En medio da máis grande ofensiva reaccionaria contra organización revolucionaria algunha na historia de Latinoamérica, continuaremos as nosas tarefas acorde cos plans aprobados, sólidamente unidos e profundamente optimistas de saír avantes pese á adversidade.

Coas bandeiras de Bolívar, de Jacobo e de Manuel moi en alto, proseguiremos sen descanso a nosa loita ata lograr o obxectivo da nova Colombia, a Patria Grande Latinoamericana e o Socialismo. Xurámolo diante do sepulcro do noso comandante!

A confrontación nin dá respiro e a loita prosegue. Acordamos unanimemente que á cabeza do secretariado e como novo comandante do EMC estea o camarada Alfonso Cano. Como integrante pleno do secretariado ingrese o camarada Pablo Catatumbo e suplentes os camaradas Bertulfo Álvarez e Pastor Alape.

Continuaremos alentando a loita popular, a conformación do Movemento Bolivariano pola Nova Colombia e do Partido Comunista Clandestino, así como a converxencia con todos aqueles que loiten pola xustiza social, a soberanía nacional e a democracia verdadeira.

Toda a forza fariana continuará profundamente comprometida en cada área e en todo o país a sacar adiante os plans, estreitamente vinculada á poboación civil como garantía do éxito.

As nosas propostas ao redor dos acordos humanitarios e as saídas políticas continúan vixentes tal cual reiterámolo en múltiples ocasións así como aquelas expostas tanto no Manifesto como na Plataforma Bolivariana lanzadas desde estas cordilleras e serán confluencia xerando o esforzo mancomunado por lograr a paz democrática e o acougo que nos roubou a oligarquía desde fai 60 anos.

Ao conmemorar o 44 aniversario das FARC, rendémoslle sentido homenaxe ao noso comandante Manuel Marulanda Vélez, a Jacobo, a Raúl, a Iván Ríos, a Efraín Guzmán e a todos aqueles que xenerosamente dedicaron e ofrendaron a súa vida á causa das pobres, sen pedir nada a cambio, tan só por seu intima convicción de buscar o ben común como característica do seu compromiso revolucionario.

Comandante Manuel Marulanda Vélez: Morrer polo pobo é vivir para sempre!

Diante do altar da patria: Xuramos vencer!

Secretariado do estado maior central. FARC-EP maio do 2008.

Montañas de Colombia. [Voltar á información]

O TRIBUNAL DOS POVOS CONDENA A EMPRESAS ESPAÑOLAS E EUROPEAS

As empresas e bancos españois Repsol-YPF, BBVA, HSBC e Santander, Unión Fenosa e Telefónica, así como a Shell, de Holanda e Inglaterra e as de telecomunicacións Telecom Italia están entre as condenadas. / O Tribunal Permanente dos Povos pediu que os Estados e gobernos de América Latina e do Caribe «garantan a soberanía e dignidade dos povos antes que os xuros económicos dos sectores privados».

A decisión do Tribunal reunido en Lima, que condenou a 24 corporacións europeas polas súas prácticas contra os dereitos humanos en América Latina, será enviada a cinco instancias internacionais -como as Nacións Unidas e o Parlamento Europeu-, aos países afectados e aos estados de orixe das empresas.

O Tribunal emitiu unha sanción ética e moral contra «as condutas e prácticas políticas, económicas, financeiras, produtivas e xudiciais do modelo neoliberal, implementadas e permitidas polos Estados (afectados), as institucións da Unión Europea e as corporacións multinacionais con capitais privados e estatais de orixe europeu».

As empresas condenadas actúan na Arxentina, Bolivia, Brasil, Chile, Colombia, Ecuador, Guatemala, Nicaragua, Perú e Uruguay, en 12 diferentes sectores, tales como: minería, petróleo, forestal-madeireiro, agroquímico e financeiro.

As empresas Thyssen Krupp, alemá, e Vale do Río Doce, brasilera, foron condenadas polo Tribunal Permanente dos Povos (TPP), que rematou as súas actividades o último venres en Lima, por crimes ambientais e violacións aos dereitos laborais e humanos na Baía de Sepetiba (Río de Janeiro).

A condena da Thyssen Krupp e Vale do Río Doce reforza decisións xa tomadas no Brasil -como o embargo da obra polo Ibama desde decembro de 2007- mais que non foron concretadas, pois as empresas continúan actuando libremente e causando danos ambientais e polución na Baía.

As dúas empresas son responsabeis das obras da Compañía Siderúrxica do Atlántico (CSA), que está causando danos ambientais, prexuízos á pesca artesanal de 8.070 mariñeiros, e violación de dereitos laborais en Sepetiba. As obras da CSA xa foron interdictadas polo Ministerio Público do Traballo, por irregularidades e incumprimento de dereitos laborais e ausencia de equipamentos de seguridade no traballo.

Fai dous anos, que os movementos de defensa do ambiente denuncian estes problemas, pero nada foi resolto. Así, mariñeiros e integrantes dos movementos sociais levaron o caso ao Tribunal, na sesión de Lima, na que apresentaron o Estudo de Caso e abundante documentación que trata acerca dos crimes ambientais e violación de dereitos humanos e laborais.

Xoves 22 de maio de 2008, por Axencias /Adital
[Voltar ao inicio desta nova]

PAREMOS AS NOVAS AGRESIÓNS DE BUSH CONTRA CUBA

Para o próximo 21 de maio, o Presidente Bush está poñendo en marcha unha nova agresión contra Cuba. Está visto que o imperialismo endexamáis descansa nos seus continuos ataques contra este pequeno país. Coa xa incribel escusa dos dereitos Humanos, o goberno norteamericano inicia esta campaña a favor dos seus terroristas e mercenarios amigos, eses que violan –ao igual que o país que os ampara- calquera lei nacional e internacional ao aceptar financiamento dunha potencia estranxeira para atacar ao seu propio país, como así confirman os mesmos documentos oficiais do goberno de Washington, que as recruta, adestra e evidentemente págalles, para que lles secúnden na súa política exterior contra a Revolución Cubana.

O fin que se persegue non é outro que o de obrigar á Unión Europea a seguir mantendo unha postura hostil contra Cuba. Agora que o Vello Continente se dispon a revisar as sancións impostas contra a Illa no ano 2003, esta campaña ocorre nun momento en que existe un achegamento favorable da UE para Cuba e Washington ve o perigo de que se poidan eliminar dunha vez por todas as sancións aplicadas ao pobo cubano, que nestes momentos están suspendidas temporalmente.

A chantaxe a Europa xa comezou coa viaxe a este continente do procónsul designado polo goberno norteamericano para materializar o plan anexionista da Illa, Caleb McCarry. O réxime de Bush quere evitar a toda costa que Europa asuma unha eventual política independente con respecto a Cuba e se vaia desmarcando da súa política agresiva.

Un goberno que é responsabel dos máis execrabeis crimes e violacións dos dereitos humanos, non ten autoridade lexítima nin moral para acusar a Cuba de conculcar eses dereitos, cando todo o mundo sabe que Cuba é o país con maior índice per cápita de educadores e médicos e ten, así mesmo, a taxa máis baixa de mortalidade infantil e materna de todo o continente, a pesar do ilegal bloqueo e as agresións militares e terroristas contra a Illa. En cambio EE.UU segue intentando, con todas as súas forzas, que o pobo cubano desista na súa decisión democrática de construír un modelo de sociedade diferente e inaceptable para o goberno norteamericano.

Desde aquí esixímoslle á Unión Europea que non se deixe chantaxear polo goberno de Washington e que, dunha vez, deixe de aplicar esas sancións a un país que nada fixo, senón ser un país soberano e solidario con todos os povos que o necesitan.

Así mesmo, esiximos ao goberno de Bush o cesamento do criminal bloqueo e dos ataques contra Cuba; que libere inmediatamente aos Cinco patriotas cubanos que cumpren en setembro 10 anos en cárceres de Estados Unidos, por loitar contra o terrorismo; que sexa devolta a base naval de Guantánamo, utilizada agora como cárcere clandestina e símbolo mundial do irrespeto aos dereitos humanos e civís.

POLA LIBERACIÓN DOS CINCO HEROES CUBANOS PRESOS EN EE.UU.

Ctés de Solidariedade cos Cinco [Voltar ao inicio desta nova]

PARTIDOS COMUNISTAS DE IRLANDA E VENEZUELA. EN DEFENSA DA SOBERANIA HISTÓRICA

O dirixente comunista e deputado bolivariano C. Wimmer dita conferencia en Irlanda

“A expansión colonial e a perda dos mercados..., precipita a crise económica, impulsando o pensamento revolucionario, axudando a acurtar o período requirido para o avance dos países en vías de desenvolvemento, preparando as condicións económicas necesarias para o noso triunfo”.

Esta idea, expresada no artigo “Imperialismo e Socialismo”, escrito en 1899 por James Connolly, cobra especial vixencia no que constitúe un novo momento histórico para América Latina, que reafirma a súa independencia no seu intento por libertarse de séculos de dominio imperialista, sinalou o vicepresidente do Parlamento Latinoamericano, Grupo Parlamentario Venezuelano (GPV), deputado Carolus Wimmer, na palestra que ditou recentemente na homenaxe anual ofrecido en Dublín, en memoria do mártir e pioneiro do socialismo revolucionario irlandés.

O parlamentario foi convidado polo Partido Comunista de Irlanda, no contexto da xira político-parlamentaria que realiza en Inglaterra, co fin de proxectar internacionalmente a revolución bolivariana, promovendo os seus logros e avances. Durante o acto realizado en Arbour Hill, onde repousan os restos de Connolly, precursor da independencia de Irlanda de Gran Bretaña, o deputado fixo entrega dunha coroa en nome do Partido Comunista de Venezuela (PCV) e do Parlatino.

James Connolly (Edimburgo, 1868- Dublín, 1916), a través da loita intelectual e armada, reivindicou os dereitos do seu pobo e os seus traballadores, participando na creación de diversos movementos políticos revolucionarios, tales como a Sociedade Socialista Republicana e o Partido Socialista do Traballo. Formando parte da rebelión de 1916, foi ferido gravemente, e levado a Corte Marcial baixo o cargo de traizón, declarando: “Queremos acabar coa conexión entre este país e o imperio británico, e establecer unha República Irlandesa”. O 12 de maio, foi fusilado.

Ao igual que Connolly, que escribeu á súa filla en 1916: “O goberno británico non ten, non tivo e nunca terá ningunha clase de dereitos sobre Irlanda”; nós, recalcou o parlamentario, dicimos: “O goberno de Estados Unidos de Norteamérica non ten, nunca tivo e nunca terá ningún dereito sobre América Latina”.

Wimmer, quen é tamén Secretario de Relacións Internacionais do PCV, salientou o rol protagónico dos traballadores na construción do proceso bolivariano. Neste momento histórico, subliñou no desenvolvemento da súa conferencia, titulada “A clase traballadora e a loita contra o imperialismo”, podemos facer nosas as palabras de Connolly: “Unha nación libre é aquela que controla absolutamente as súas capacidades e recursos internos, e está en plena liberdade de acción ao relacionarse con outras nacións...”. As formulacións do camarada James Connolly cobran unha importancia significativa, confirmando o principio fundamental que se defende en América Latina: a defensa da soberanía. [Voltar ao inicio desta nova]

IMPORTANTE DISCURSO DE RAUL CASTRO

O Partido conta coa fortaleza e experiencia acadadas nestes difíciles anos de período especial. Aínda así, os seus dirixentes, cadros e militantes teñen que traballar arreo para continuar perfeccionando o seu traballo e a súa autoridade diante das masas.
A axenda tratada hoxe en Plenario e os acordos adoptados constitúen un paso importante nesa direción e tamén na de afianzar o papel do Partido como vangarda organizada da nación cubana, que o situarán en mellores condicións para enfrontar os desafíos do futuro e, como expresou o
compañeiro Fidel, para asegurar a continuidade da Revolución cando aquí xa non estean os seus dirixentes históricos.
Nese empeño, teremos, como meta principal, que seguir mellorando o noso aínda imperfecto, sen embargo xusto, sistema social diante da realidade actual que sabemos é extremadamente complexa e mutabel, e todo indica que así seguirá sendo no futuro.

Abonda citar o prezo dos alimentos en constante ascensión e o dos combustibeis, insostibeis para os países sub desenvolvidos importadores de ambos, como tamén o cambio climático, que dunha forma ou doutra os afecta. Xa que logo, hai aqueles que xa avistan grandes desordes e conflitos neste mundo diante da fame crecente, ao que se debe engadir o que pode desencadearse cara a escaseza de fontes de abastecemento de auga potábel.
A produción de alimentos debe constituír a tarefa principal para as dirixentes do Partido. É preciso que estean conscientes de que no presente e, até onde é posíbel vislumbrar, no futuro é un asunto de máxima seguridade nacional

En particular, esixe dos primeiros secretarios de municipios e provincias que dean o máximo apoio e controlen rigorosamente, non por papeis e reunións e si no terreo, falando directamente cos encargados da produción sobre a execución das medidas que empezaron a ser aplicadas na agricultura, sobre todo o traballo das delegacións municipais recén constituídas. Aos factores que anteriormente mencionei, e que de por si tornan complexo o escenario en que o noso país se desenvolve, acrecento que se a extrema dereita en Estados Unidos consegue imporse novamente nas eleccións de Novembro, o que non é unha certeza, pero unha posibilidade real, o clima mundial de inestabilidade e violencia continuará presente e podería aumentar, con efectos diretos para o noso país. O Partido, o Estado e o goberno, as organizacións de masas, sociais e xuvenís, en fin, o noso povo, debe ter en conta esas realidades e perspectivas. Diante disto, non hai outra alternativa que traballar unidos para seguir adiante, avanzando co mesmo espírito de loita e firmeza destes case 50 anos de Revolución, transcorridos en medio a constantes agresións, ameazas, guerras e hostilidades de todo tipo a que o imperio nos someteu. Nestes tempos, e os que están por vir, é necesario e decisivo contar con institucións políticas, estatais, de masas, sociais e xuvenís fortes. Reafirmo o que expresei no pasado 24 de Febreiro: canto maiores foren as dificultades, máis orde e materia serán requiridas, e para iso é vital reforzar a institucionalidade, o respecto á lei e as normas establecidas por nós mesmos. Os acordos que aprobamos poñen fin á etapa de carácter provisional iniciada o 31 de Xullo de 2006 coa Proclamación do Comandante en Xefe ata a mensaxe en que nos expresou o seu propósito de ser só un soldado das ideas, en véspera de 24 de Febreiro de 2008. Durante eses 19 meses, traballamos colexiadamente xunto a outros compañeiros tendo por base a delegación de funcións que el determinou. A isto referinme máis amplamente no punto da axenda sobre a Comisión do Buró Político. Antes de concluír, gostaría abordar outros dous importantes temas. O primeiro é informarlles que, no exercicio das facultades que a lei me confire, decidín designar o Vicepresidente do Consello de Ministros, compañeiro José Ramón Fernández Álvarez, para atender, orientar, controlar e coordinar o traballo dos ministerios de Educación e Educación Superior, ademais do INDER, ben como as actividades relativas á educación que outros organismos da Administración Central do Estado desenvolven, incluíndo os centros de ensino e universidades militares. No exercicio destas facultades manterame plenamente informado, en especial das actividades que pola súa importancia e transcendencia requiran ser consultadas previamente ou informadas de modo inmediato. Todos nós coñecemos as calidades do compañeiro Fernández e os resultados acadados nas numerosas tarefas cumpridas, a maioría asociadas á educación, tanto nas FAR como en institucións civís. Tivemos o privilexio de contar na nosa longa loita co seu dinamismo e capacidade organizativa, ao que se suma a súa honestidade, experiencia e coñecementos. Confiamos que o seu traballo axudará a volver máis coherente e efectiva a acción do Goberno nun campo de significado estratéxico para o presente e o futuro da Revolución. Desexamos que xurdan moitos máis inspirados no seu exemplo. O segundo asunto é sensibel e ata polémico. Esta mañá, a proposta do Buró Político, o Consello de Estado acordou conmutar a pena de morte dun grupo de condenados. Correspóndelles, a cambio, a privación perpetua de liberdade, agás aos que cometeron o feito delituoso antes de establecerse esta sanción no noso Código Penal, polo que lles sería aplicabel a condea de 30 anos de cárcere. Algúns condeados levaban longos anos á espera do pronunciamento do Consello de Estado. Esta situación preséntase, sobre todo pola política adoptada desde o ano 2000 de non executar ningunha sanción deste tipo, que só foi interrompida en Abril de 2003 para frear a onda de máis de 30 intentos e planos de secuestro de avións e barcos, alentados pola política de Estados Unidos, concomitante coa recén iniciada guerra en Iraque. Os condeados, na súa maior parte, cometeron delitos comúns de máxima gravidade, esencialmente contra a vida. Son crimes que se fosen levados a xuízo novamente, sería difícil non reciban a mesma pena. Sabemos tamén que a opinión maioritária do noso pobo, diante destes casos, é favorable a mantela. Está pendente a tramitación dos recursos de apelación polo tribunal Supremo Popular de tres acusados, os cales serán analisados proximamente. Un salvadoreño e un guatemalense por actos terroristas con bombas contra hoteis no 1997, un dos cales causou a morte do turista italiano Fábio di Celmo, ambolosdous financiados e dirixidos polo famoso criminal Luís Posada Carriles, que hoxe pasea libremente polas rúas de Miami. Tamén o dun cubano procedente de Estados Unidos, autor do asasinato do compañeiro Arcilio Rodríguez García, que ocorreu durante a infiltración dun comando terrorista armado pola zona de Caibarién. Só podo afirmar, dentro de nosas prerrogativas, que a decisión final do Consello de Estado non estará en contradición coa política expresada anteriormente – refírome aos tres casos anteriormente mencionados. Adoptou-se esta decisión non por presións e si como un acto soberano, en consonancia coa conduta humanitaria e ética que caracteriza a Revolución Cubana desde o seu inicio, animada sempre por un espírito de xustiza e non de vinganza, consciente ademais diso que o compañeiro Fidel é favorabel a eliminar, cando as condicións propicias estiveren presentes, a pena de morte por calquera tipo de delito e que se opón aos métodos extra-xudiciais que algúns países ben coñecidos practican sen calquera pudor. Non significa que suprimamos a pena capital do Código Penal. En diversas ocasións discutimos o tema e sempre prevaleceu o criterio de que nas actuais circustancias non podemos desarmarnos fronte a un imperio que non cesa de asediarnos e agredir. O terrorismo contra Cuba gozou de total impunidade en Estados Unidos. Trátase dun verdadeiro terrorismo de Estado. Non nos esquezamos que cando no ano 1959 a suprimimos, de certa maneira isto constituíu un estímulo para que actos contra a Revolución fosen cometidos por aqueles que, pensando que o noso proceso sería efémero, o seu cárcere podería erixílos en heróes diante do futuro interventor yanqui. Os nosos inimigos alimentaron ducias de bandas de insolentes que enloitaron ao noso povo, asasinando mozos alfabetizadores e campesiños; lanzaron ataques piratas; sabotaron os principais sectores da economía e desenvolveron centos de planos de atentados contra os nosos dirixentes, en especial contra o Xefe da Revolución. Sería inxénuo e irresponsabel renunciar ao efecto disuasivo que a pena capital provoca nos verdadeiros terroristas mercenarios a servizo do imperio, porque poría en perigo a vida e a seguridade do noso povo. En todos estes anos ocorreron 713 actos de terrorismo contra Cuba, 56 deles a partir de 1990, organizados e financiados a partir do territorio norteamericano, cun saldo de 3.478 mortos e 2.099 incapacitados. Fomos forzados a elixir, en lexítima defensa, o camiño do establecemento e da aplicación de leis severas contra os nosos inimigos, mais sempre apegados a máis estrita legalidade e con respecto ás garantías xudiciais. Cuba revolucionaria non coñece un único caso de tortura, de desaparecidos, execucións extra-xudiciais, nin cárceres clandestinos, mentres, como vostedes saben, nalgúns dos auto-intitulados gobernos democráticos que aboliron ou manteñen a pena de morte e nos critican, estas situacións ocorren con frecuencia. Algúns tamén permiten que voos clandestinos da Axencia Central de Intelixencia norteamericana sexan realizados con detidos sobre o seu territorio, para diferentes centros de tortura, mais escandalízanse cando aplicamos as nosas leis. Aínda que a pena de morte estea prevista na nosa lexislación, debido ás razóns específicas explicadas e xustificadas de sobra, Cuba comprende e respecta os argumentos do movemento internacional que propón a súa eliminación ou moratoria. Por esa razón o noso país non votou contra tais iniciativas nas nacións Unidas. Estamos certos que o noso povo, incluíndo os familiares das vítimas, comprenderá as razóns que fundamentan esta decisión, como unha proba máis da fortaleza da Revolución. Por último, quero expresarlles que o Bureó Político considera necesario realizar o VI Congreso do Partido. En reunión efectuada na mañá de hoxe, avaliamos propoñer a este Plenario do Comité Central que sexa realizado ao final do segundo semestre do ano próximo, aínda que a convocatoria oficial sexa anunciada en momento oportuno. Constituirá unha magnífica oportunidade para meditar colectivamente a respeito das experiencias destes anos de Revolución no poder nun momento importante para conformar, con proxección para o futuro, a política do Partido nos diferentes ámbitos da nosa sociedade. Compañeiras e compañeiros: Se traballamos duramente nestes últimos meses, teremos que facer moito máis nos que están por diante. Confío que cada un saberá cumprir o seu deber a partir da responsabilidade ou tarefa que teña, coa entrega, sabedoría e fidelidade esixidas polo momento que estamos a vivir. Dou por pechada a reunión.
Moitas grazas.
Voltar ao inicio desta nova


25 DE ABRIL, SEMPRE!

25 de Abril sempre!

Cravos de Abril a florir em Maio

(...) De tudo o que Abril abriu

ainda pouco se disse

e só nos faltava agora

que este Abril não se cumprisse (...)

Ary dos Santos

Portugal fica sempre mais bonito quando o povo sai à rua com o seu traje de festa, com a sua roupa de luta. O chão das nossas cidades ganha vida com o passo firme das gentes que desfilam empunhando bandeiras como se fossem punhos erguidos, ostentando ao peito cravos vermelhos a pulsar como corações, fazendo ouvir as suas reivindicações e palavras de ordem afirmando a vontade de um povo que aprendeu a ser livre e não mais voltará a deixar-se acorrentar.

Seja nas capitais de distrito ou na mais pequena das aldeias, a gente passa à vontade quando pisa o nosso chão, como escreveu o poeta Joaquim Pessoa. É em defesa desse chão, da vida que queremos nossa, construída pelas nossas mãos, que o 25 de Abril permanece no imaginário colectivo como um cravo vermelho nas mãos de uma criança: símbolo de luta e esperança, símbolo de vida e de futuro.

E se já não há cravos nos canteiros da Câmara de Lisboa ou nas lapelas de vira-casacas que trataram de meter na gaveta as promessas de uma sociedade mais justa e solidária, mais razões assistem aos trabalhadores e ao povo português para cuidar dos cravos de Abril. Foi o que sucedeu de novo neste ano de 2008, quando as sementes lançadas à terra e germinadas há 34 anos levam já 32 anos de permanentes ataques das ervas daninhas do capital.

Neste 25 de Abril, o País acordou com as notícias sobre a preocupação de Cavaco Silva quanto ao desconhecimento dos jovens sobre a história de Portugal. Do que não houve eco foi da preocupação com as preocupações dos portugueses, que nesse mesmo dia, à tarde, exigiram nas ruas direito ao trabalho, melhores salários, liberdade sindical, direito à saúde, à habitação, a uma vida condigna e a uma velhice sem sobressaltos.

De Norte a Sul, no Continente como nas Ilhas, as palavras de ordem foram as mesmas, tendo como pano de fundo as dificuldades crescentes de quem trabalha e as ameaças que se avolumam no horizonte com as propostas do Governo para a revisão do Código de Trabalho. Palavras de ordem de protesto e luta, que Abril continua por cumprir e Maio é já prenúncio de Verão quente, mesmo se nesta luta não há lugar para estações.

Dos trabalhadores despedidos aos jovens sem trabalho, dos reformados com pensões de miséria aos militares amordaçados, dos professores humilhados aos operários oprimidos, das crianças sem pão às mulheres discriminadas, há um mundo de revolta que se agita e uma ira que cresce sem limites.

Como disse o poeta e comunista Ary dos Santos, (....) Com bandarilhas de esperança/

afugentamos a fera/estamos na praça/da Primavera. /Nós vamos pegar o mundo/pelos cornos da desgraça/e fazermos da tristeza/graça.

São os cravos de Abril a florir em Maio. Vamos passar ao futuro

[Voltar ao inicio desta nova]