Venezuela: PSUV conquistou nas eleccións rexionais o 77% das gobernacións e 81% das alcaldías

Desde Miraflores, o presidente da República Bolivariana de Venezuela, Hugo Chávez Frías, ao realizar un balance sobre os resultados das eleccións rexionais, dixo que das 327 alcaldías en todo o país, 265 conquistounas o PSUV, o que representa o 81%. Así mesmo, as forzas revolucionarias obtiveron 17 das 22 gobernacións en disputa, cifra que se traduce nun 77%

Sobre os resultados obtidos nas eleccións deste domingo, o Mandatario Nacional salientou que as forzas bolivarianas incrementaron este ano un 20% de votos en relación aos obtidos nas eleccións do pasado 2007.

Sobre este punto, Chávez precisou que os votos logrados polo Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV) colocáronse na cifra de 5 millóns 504 mil 902 votos, de acordo ao primeiro resultado emitido polo Consello Nacional Electoral.

“A diferenza é de 1 millón 300 mil votos”, dixo Chávez.

Así mesmo, remarcou que pola súa banda, a oposición diminuíu a súa porcentaxe de votos nun 10%, en relación ao comicios pasados.

Ao respecto, sinalou que o PSUV acadou entón 18 das 24 capitais dos estados de Venezuela.

No Táchira onde a oposición gañou a gobernación, o PSUV logrou gañar 16 alcaldías mentres que a oposición obtivo 13.

Outro exemplo é Nova Esparta, onde o PSUV obtivo 6 alcaldías e a oposición 5, explicou Chávez.

Así mesmo, en Miranda as forzas revolucionarias obtiveron 15 alcaldías e a oposición só logrou acadar 5.

De igual forma, está Carabobo (onde perdeu o PSUV por perto de 2 puntos). Aquí os bolivarianos gañaron 11 alcaldías e a oposición só 2. “Por primeira vez en 50 anos unha forza de esquerda vai gobernar a cidade de Valencia. Iso é moi importante”, salientou Chávez.

Chávez tamén mencionou que “o bastión de Caracas non se perdeu”, a diferenza do que queren facer crer algúns medios de comunicación.

Sobre este punto, explicou o Mandatario Nacional, que Caracas segue sendo na súa maioría revolucionaria, pois a suma dos sufragantes dos municipios restantes do eixe metropolitano “ascende a 792 mil votantes, cifra que representa a metade dos electores do municipio Libertador, é dicir, Caracas”.

Ao respecto, o presidente Chávez dixo que o resultado emitido polo Consello Nacional Electoral (CNE) favoreceu ao candidato do PSUV para o municipio Libertador, Jorge Rodríguez, cuxo espazo territorial ten case un millón 500 mil votantes.

“A oposición dixo que despois do 02 de decembro viña o fin da Revolución Bolivariana. Esa derrota foi un comportamento completamente anormal, pero agora a curva recobra a súa tendencia histórica. Retomamos a curva de ascenso e de progreso (...) non só cuantitativo senón tamén cualitativo”, referiu Chávez.

Neste sentido, o Xefe de Estado salientou que as forzas opositoras controlaban ata este domingo sete gobernacións e tralos comicios, a oposición só logrou quedarse con cinco gobernacións nas súas mans.

Ao referirse sobre algunhas declaracións ofrecidas polos políticos da dereita crioula en torno á “victoria” que obterían nos comicios, o líder socialista, con números en man, puntualizou algúns datos que desestiman a apreciación impulsada polos medios privados.

“Os seguidores do proxecto socialista votaron a favor do aprofundamento da Revolución Bolivariana!”, apuntou o presidente Chávez ao reiterar que se obtivo un grande triunfo nas grandes cidades capitalinas, industrializadas e petroleiras.

Neste sentido, o Xefe de Estado indicou que esta é unha nova derrota para a oposición venezolana ao mesmo tempo que salientou que cos resultados obtidos nos comicios deste 23 de novembro, quedou demostrado que está profundamente consolidada a Revolución Bolivariana en Venezuela.

Ao respecto, agregou que o poder popular, a democracia venezolana e as institucións, ficaron profundamente fortalecidas coa gran participación das venezolanas e venezolanos nos comicios.

De igual forma, salientou que este domingo ficou tamén demostrado que quen traiciona á revolución “mórrese politicamente”, como os casos dos gobernadores salientes dos estados Sucre, Guárico, Trujillo, Aragua e Carabobo.

“A chamada disidencia ficou pulverizada”, sentencióu.

Desta forma, o PSUV, partido socialista liderado polo presidente Chávez, converteuse na forza política máis importante e popular do país, moi por riba dos outros 295 partidos inscritos que participaron nas eleccións rexionais celebradas o pasado domingo. [Voltar ao inicio desta nova]

O SOCIALISMO É A ALTERNATIVA!

[PCP] Coa participación de 65 Partidos, de 55 países realizouse en São Paulo, Brasil, entre 21 e 23 de Novembro de 2008, o 10º Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Obreiros. No encontro os 65 partidos aprobaron a "Proclamação de São Paulo" que, perante crise capitalismo, aponta o socialismo como alternativa e unha resolución de solidariedade cos povos da América Latina.

10º Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários
PROCLAMAÇÃO DE SÃO PAULO:

O mundo está confrontado com uma grave crise econômica e financeira de grandes proporções. Uma crise do capitalismo, indissociável da sua natureza própria e das suas insanáveis contradições, porventura a mais grave desde a Grande Depressão iniciada com o crash de 1929. Como sempre são os trabalhadores e os povos as suas principais vítimas.

A presente crise é expressão de uma crise mais profunda, intrínseca ao sistema capitalista, que evidencia seus limites históricos e a exigência da sua superação revolucionária. Ela representa grandes perigos de regressão social e democrática e constitui, como a história demonstra, base para movimentos autoritários e militaristas em relação aos quais se impõe a maior vigilância dos Partidos comunistas e de todas as forças democráticas e anti-imperialistas.

Ao mesmo tempo que se mobilizam milionários recursos públicos para salvar os responsáveis por esta crise – o grande capital, a alta finança, os especuladores - o que se anuncia para os operários, camponeses, camadas médias e todos quantos vivem do seu trabalho e sufocam sob o peso dos monopólios é mais exploração, mais desemprego, mais baixos salários e pensões, mais insegurança, mais fome e mais miséria.

Poderosas campanhas de diversionismo ideológico procuram iludir as reais causas da crise e fechar as portas a saídas no interesse das massas populares e a favor de um novo balanço de forças, uma nova ordem internacional para os trabalhadores, as forças populares, da solidariedade internacional e da amizade entre os povos. As grandes potências capitalistas, a começar pelos EUA, a União Européia e o Japão, com as instituições internacionais que dominam – FMI, Banco Mundial, Banco Central Europeu, Otan e outras – e instrumentalizando a própria ONU, trabalham freneticamente em “soluções”, que sendo elas próprias sementes de novas crises, procuram no imediato salvar o sistema e reforçar os mecanismos de exploração e opressão imperialista.

Com o recurso a bodes expiatórios, e insistindo em falsas e já falhadas opções de “regulação”, “humanização” e “reforma” do capitalismo, procura-se mudar alguma coisa para que tudo fique na mesma. Os partidos do capital demarcam-se apressadamente dos dogmas do “Consenso de Washington” que alimentaram a brutal financeirização da economia. A social-democracia, disfarçando a sua rendição ao neoliberalismo e a sua transformação em pilar do imperialismo, tenta um extemporâneo regresso a medidas de “regulação” de tipo keynesiano que deixam intactas a natureza de classe do poder e as relações de propriedade e que visam objetivamente retirar espaço à afirmação de alternativas revolucionárias dos trabalhadores e dos povos.

Mas uma tal perspectiva não é uma fatalidade.

Como outros momentos da História já o demonstraram, os trabalhadores e os povos podem, se unidos, determinar o curso dos acontecimentos econômicos, sociais e políticos, arrancar ao grande capital importantes concessões no interesse das massas, impedir desenvolvimentos em direção ao fascismo e à guerra e abrir caminho a profundas transformações de caráter progressista e mesmo revolucionário.

O quadro internacional é de uma profunda agudização da luta de classes. A humanidade atravessa um dos momentos mais difíceis e complexos de sua história; uma crise econômica global, que coincide simultaneamente com uma crise energética, outra alimentar e com uma grave crise do meio-ambiente; um mundo com profundas injustiças e desigualdades, com guerras e conflitos. Um cenário de encruzilhada histórica, em que duas tendências antípodas se manifestam. Por um lado, grandes perigos para a paz, a soberania, a democracia, os direitos dos povos e dos trabalhadores. Por outro, imensas potencialidades de luta e de avanço da causa libertadora dos trabalhadores e dos povos, a causa do progresso social e da paz, a causa do socialismo e do comunismo.

Os Partidos Comunistas e Operários reunidos no seu 10º Encontro, realizado em São Paulo, saúdam as lutas populares que se desenvolvem por todo o mundo, contra a exploração e a opressão imperialistas, contra os crescentes ataques às conquistas históricas do movimento operário, contra a ofensiva militarista e anti-democrática do Imperialismo.

Sublinhando que a bancarrota do neoliberalismo não representa apenas o fracasso de uma política de administração do capitalismo mas o fracasso do próprio capitalismo e seguros da superioridade dos ideais e do projeto dos comunistas, afirmamos que a resposta às aspirações libertadoras dos trabalhadores e dos povos só pode ser encontrada em ruptura com o poder do grande capital, com os blocos e alianças imperialistas, com profundas transformações de caráter antimonopolista e libertador.

Com a convicção profunda de que o socialismo é a alternativa, o caminho para a verdadeira e total independência dos povos, para a afirmação dos direitos dos trabalhadores e o único meio de pôr termo às destruidoras crises do capitalismo, apelamos à classe operária, aos trabalhadores e aos povos de todo o mundo que se juntem à luta dos comunistas e revolucionários e que, unidos em torno dos seus interesses de classe e justas aspirações, tomem nas suas mãos a construção de um futuro de prosperidade, justiça e paz para a Humanidade. Nesse sentido, estão surgindo condições para reunir a resistência e as lutas populares num amplo movimento contra as políticas capitalistas aplicadas na crise e as agressões imperialistas que ameaçam a paz.

Certos de que é possível um outro mundo, livre da exploração e da opressão de classe do capital, proclamamos o nosso empenho em prosseguir a caminhada histórica pela construção de uma sociedade nova liberta da exploração e da opressão de classe, o Socialismo.

São Paulo, 23 de novembro de 2008.

O 10º Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários. [Voltar ao inicio desta nova]

REFLEXIÓNS DO COMPAÑEIRO FIDEL CASTRO: "O PARTO DOS MONTES"

O PARTO DOS MONTES

Fidel Castro Ruz

Bush se mostrava feliz com ter Lula a sua destra no jantar da sexta-feira. A Hu Jintao, ao qual respeita pelo enorme mercado de seu país, pela capacidade de produzir bens de consumo a baixo preço e o caudal de suas reservas em dólares e bônus dos Estados Unidos, sentou-o a sua esquerda.

Medvédev, a quem ofende com a ameaça de colocar os radares e os mísseis estratégicos nucleares não longe de Moscou, foi situado em um assento distante do anfitrião da Casa Branca.

O rei da Arábia Saudita, um país que produzirá em um futuro próximo 15 milhões de toneladas de petróleo ligeiro a preços altamente competitivos, ficou também a sua esquerda, junto de Hu.

Seu aliado mais fiel na Europa, Gordon Brown, Primeiro-ministro do Reino Unido, não aparecia perto dele nas imagens.

Nicolás Sarkozy, descontente com a arquitetura atual da ordem financeira, ficou distante dele, com o rosto amargado.

Ao Presidente do Governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, vítima do ressentimento pessoal de Bush e comparecente ao conclave de Washington, nem sequer o vi nas imagens televisadas do jantar.

Dessa forma foram colocados os participantes no banquete.

Qualquer um teria pensado que no dia seguinte se produziria o debate de fundo sobre o peliagudo tema.

Na manhã do sábado, cedo, as agências informavam sobre o programa que teria lugar no National Building Museum de Washington. Cada segundo estava programado. Seriam analisadas a crise atual e as medidas a serem tomadas. Começaria às 11h30, hora local. Primeiro, sessão gráfica: “fotos de família”, como as chamou Bush; vinte minutos depois, a primeira plenária, seguida de uma segunda na metade do dia. Tudo rigorosamente programado, até os nobres serviços sanitários.

Os discursos e análises durariam aproximadamente três horas e 30 minutos. Pelas 15h25, hora local, o almoço. Logo a seguir, às 17h05, declaração final. Uma hora depois, às 18h05, Bush marcharia a descansar, jantar e dormir placidamente em Camp David.

O dia decorria, para os que acompanhavam o evento, com a impaciência por conhecer como em tão breve tempo seriam abordados os problemas do planeta e da espécie humana. Estava anunciada uma declaração final.

O fato real é que a declaração final da Cúpula foi elaborada por assessores econômicos pré-selecionados, bastante afins ao pensamento neoliberal, enquanto Bush em seus pronunciamentos pré e pós Cúpula reclamava mais poder e mais dinheiro para o Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial e para outras instituições mundiais que estão sob o rigoroso controle dos Estados Unidos e seus aliados mais próximos. Esse país tinha decidido injetar 700 biliões de dólares para salvar seus bancos e suas empresas transnacionais. A Europa oferecia uma cifra igual ou maior. O Japão, seu mais firme alicerce na Ásia, prometera uma contribuição de 100 biliões de dólares. Esperam da República Popular China, que desenvolva crescentes e convenientes vínculos comerciais com os países da América Latina, outra contribuição de 100 biliões procedentes de suas reservas.

Donde sairão tantos dólares, euros e libras esterlinas como não fosse endividando seriamente as novas gerações? Como se pode construir o edifício da economia mundial sobre notas de papel, que é no imediato o que realmente se coloca em circulação, quando o país que os emite sofre um enorme déficit fiscal? Valeria a pena tanta viagem por ar rumo a um ponto do planeta chamado Washington para se reunir com um Presidente a quem lhe restam apenas 60 dias de governo, e subscrever um documento que já estava formulado de antemão para ser aprovado no Washington Museum? Teria razão a imprensa radial, televisiva e escrita dos Estados Unidos ao não outorgar-lhe atenção especial a esse velho mecanismo imperialista na cacarejante reunião?

O inacreditável é a própria declaração final, aprovada por consenso dos participantes no evento. É óbvio que constitui uma aceitação plena das exigências de Bush, antes e durante a Cúpula. A vários dos países participantes não lhes restava outra alternativa que aprová-la; em sua luta desesperada pelo desenvolvimento, não desejavam ficar isolados dos mais ricos e poderosos, bem como de suas instituições financeiras, que constituem a maioria no seio do Grupo G‑20.

Bush falou com verdadeira euforia, usando palavras demagógicas, leu frases que retratam a declaração final:

“A primeira decisão que tive que adotar ―disse―

foi indicar quem viriam à reunião. Decidi que deveríamos ter as nações do Grupo dos 20, em lugar de apenas o Grupo dos Oito ou o Grupo dos Treze.

“Mas, uma vez que é adotada a decisão de ter o Grupo dos 20, a pergunta fundamental é com quantas nações de seis diferentes continentes, que representam diferentes etapas de desenvolvimento econômico, será possível chegar a acordos que sejam substanciais, e me compraz informar-lhes que a resposta a essa pergunta é que o conseguimos.

“Os Estados Unidos tomaram algumas medidas extraordinárias. Vocês, que acompanharam minha carreira, sabem, eu sou um partidário do livre mercado, e se a gente não toma medidas decisivas, é possível que nosso país se submirja em uma depressão mais terrível que a Grande Depressão.”

“Recém-começamos a trabalhar com o fundo de 700 biliões de dólares que está começando a liberar dinheiro para os bancos.”

“Portanto, todos entendemos a necessidade de promover políticas econômicas a favor do crescimento”.

“A transparência é muito importante para que os investidores e os reguladores possam saber exatamente o quê está acontecendo.”

O texto do resto do que disse Bush é do mesmo estilo.

A declaração final da Cúpula, que precisa por sua extensão de meia hora para ser lida em público, define-se a si própria em um grupo de parágrafos selecionados:

“Nós, líderes do Grupo dos 20, celebramos uma reunião inicial em Washington no dia 15 de novembro entre sérios desafios para a economia e para os mercados financeiros mundiais…”

“…devemos colocar as bases para uma reforma que nos ajude a assegurar-nos que uma crise global como esta não voltará a acontecer. Nosso trabalho deve estar norteado pelos princípios do mercado, o regime de livre comércio e investimento…”

“…os atores do mercado procuraram rentabilidades mais altas sem uma avaliação adequada dos riscos, e fracassaram…”

“As autoridades, reguladores e supervisores de alguns países desenvolvidos não constataram nem advertiram adequadamente dos riscos que eram criados nos mercados financeiros…”

“…as políticas macroeconômicas insuficientes e inconsistentemente coordenadas, e inadequadas reformas estruturais, conduziram a um insustentável resultado macroeconômico global.”

“Muitas economias emergentes, que ajudaram a sustentar a economia mundial, sofrem cada vez mais o impacto da travação mundial.”

“Sublinhamos o importante papel do FMI na resposta à crise, saudamos o novo mecanismo de liqüidez a curto prazo e urgimos para a contínua revisão de seus instrumentos para garantir a flexibilidade.

“Encorajaremos o Banco Mundial e outros bancos multilaterais de desenvolvimento para usarem sua plena capacidade em apoio de sua agenda de ajuda…”

“Assegurar-nos-emos que o FMI, o Banco Mundial e os outros bancos multilaterais de desenvolvimento tenham os recursos suficientes para continuar desempenhando seu papel na resolução da crise.”

“Exercitaremos uma forte vigilância sobre as agências de crédito, com o desenvolvimento de um código de conduta internacional.”

“Comprometemo-nos a proteger a integridade dos mercados financeiros do mundo, reforçando a proteção do investidor e do consumidor.”

“Estamos comprometidos a avançar na reforma das instituições de Bretton Woods, de molde a que possam refletir as mudanças na economia mundial para incrementar sua legitimidade e efetividade.”

“Reunir-nos-emos de novo no dia 30 de abril de 2009 para rever a entrada em funcionamento dos princípios e decisões tomadas hoje.”

“Admitimos que estas reformas só terão sucesso se estão na base do compromisso com os princípios do livre mercado, incluindo o império da lei, respeito à propriedade privada, investimento e comércio livre, mercados competitivos e eficientes e sistemas financeiros regulados efetivamente.”

“Abster-nos-emos de colocar barreiras ao investimento e ao comércio de bens e serviços.”

“Somos conscientes do impacto da atual crise nos países em desenvolvimento, nomeadamente nos mais vulneráveis.

“Enquanto avançamos, temos a certeza de que mediante a colaboração, a cooperação e o multilateralismo superaremos os desafios que temos ante nós e conseguiremos restabelecer a estabilidade e a prosperidade na economia mundial.”

Linguagem tecnocrática, inaccessível para as massas.

Preitesia ao império, que não recebe crítica alguma a seus métodos abusivos.

Louvores ao FMI, ao Banco Mundial e às organizações multilaterais de créditos, criadores de dívidas, despesas burocráticas fabulosas e investimentos encaminhados ao fornecimento de matérias-primas às grandes transnacionais, que além disso são responsáveis pela crise.

E assim por diante, até o último parágrafo. É aborrecida, pragada de lugares comuns. Não disse absolutamente nada. Foi subscrita por Bush, campeão do neoliberalismo, responsável de chacinas e guerras genocidas, que investiu em suas aventuras sangrentas todo o dinheiro que teria sido suficiente para mudar a face econômica do mundo.

No documento não se diz uma palavra do absurdo da política de converter os alimentos em combustível que propugnam os Estados Unidos, do intercâmbio desigual de que somos vítimas os povos do Terceiro Mundo, nem sobre a estéril carreira armamentista, a produção e comércio de armas, a ruptura do equilíbrio ecológico, e as gravíssimas ameaças à paz que colocam o mundo à beira do extermínio.

Só uma pequena frase perdida no comprido documento menciona a necessidade de “encarar a mudança climática”, quatro palavras.

Pela declaração se verá como os países presentes no conclave demandam reunir-se de novo em abril de 2009, no Reino Unido, no Japão ou em qualquer outro país que possua os requisitos adequados ―ninguém sabe qual―, para analisar a situação das finanças mundiais, com o sonho de que as crises cíclicas nunca voltem a se repetir com suas dramáticas conseqüências.

Agora corresponderá aos teóricos de esquerda e de direita opinar fria ou acaloradamente sobre o documento.

Do meu ponto de vista, não foram roçados nem com a pétala de uma flor os privilégios do império. Se se dispor da paciência necessária para lê-lo desde o princípio até o final, poderá se constatar como se trata simplesmente de um apelo piedoso à ética do país mais poderoso do planeta, tecnológica e militarmente, na época da globalização da economia, como quem rogam ao lobo que não devore o Chapeuzinho Vermelho.

Fidel Castro Ruz [Voltar ao inicio desta nova]

16 de novembro de 2008

16h12

VENEZUELA: REFLEXIÓNS A 7 DIAS DAS ELECCIÓNS REXIONAIS"

Benvida ao Presidente Hugo Chávez en Galiza o 16-10-2005 (Pza do Obradoiro-Compostela). vista parcial

Por: Juan Martorano*

Todas as sondaxes que se publicaron até o venres, mais os que se realizaron para consumo "mais ou menos" privado de partidos, empresas e institucións, sinalan unha mesma tendencia, irreversibel xa a estas alturas da campaña electoral rumo ás eleccións rexionais e locais: o chavismo ratificase na súa condicion de forza política maioritaria en Venezuela, e polo tanto os seus cadros militantes seran eleitos mandatarios na rotunda mayoria das entidades.

A vostedes cónstanlles as profundas e imborrabeis obras da Revolucion Bolivariana. Soamente coas misións, as que colocaron ao povo venezuelano como participes activos dos mellores servizos de saúde e pertiño das súas casas; as que permitiron elevar todos os niveis educativos da poblacion, desde a alfabetizacion e até a formacion superior; as que permitiron unha distribucion mais equitativa, barata e ao alcance de todos, dos mellores alimentos.Isto por só nomear algunhas das obras mais importantes. Pero os temas da vivenda, vialidade, transporte, seguridade, son atendidos cada dia, procurando acadar unha solucion definitiva dos mesmos, en beneficio de todas e todos os venezuelanos. Son obras, non palabras ocas nin promesas. Vostedes pódeno comprobar, aínda que pretendan agochar os medios pro-imperialistas. A Revolucion Bolivariana é un feito. Son un feito as súas obras. É un feito o liderado do Comandante Hugo Chavez. É un feito que o que este povo conseguiu en dez anos de revolucion que confiou en Chavez para que o conducise, achéganos á construccion do socialismo.

E de acordo a opinións emitidas polo primeiro vicepresidente do PSUV, Xeral (r) Alberto Muller Rojas, que se o 70% da poblacion considera positivo o sistema politico liderado polo Presidente Chavez; 60% acolle positivamente o socialismo como modelo de goberno, e o PSUV conta co 33% de protexo electoral, case o triple do volume de sufraxios que acadará a oposicion (12%). Esta realidade obxectiva abonda para predicir unha esmagante victoria do PSUV o 23 de novembro. Para alén diso esta realidade especifica de cada unha das entidades, na mayoria das cales a oposicion se mostra fracturada, desmotivada, desmovilizada, ou as tres cousas ao tempo. Todas as medicións indican que a intencion de participación do chavismo nestes comicios anda pola orde do 60%, e a do antichavismo non chega a 35. A desmotivacion e o desanimo é o signo dos que se senten derrotados, non só pola superioridade do adversario senón ademais pola descomposicion moral do seu propio "liderado": o antichavista de base quixera ir votar contra os candidatos de Chavez mais o que ve ao seu redor é un emporio lamentabel de nulidades e bandidos.

Por outra banda, ten que se ter en conta que varias das gobernacións atópanse en poder de traidores que chegaron alli montados sobre o prestixio do Presidente Chavez. Nalgunha delas o candidato ou grupo traidor asoma con posibilidades de triunfo, e son contabilizadas para a oposicion. Noutras, teñen opcion tamén factores que, sen ser propiamente traidores ou de dereita declarada, non estan rexistrados en formula do PSUV pero contan con chavistas ou afíns ao proxecto bolivariano. Este balance dá unha victoria de mais de 80% ao noso favor, sen contar as alcaldias, onde o arrase vermello tamén se anúncia contundente.

Con todo, nesta recta final procede o chamado, a convocatoria, a invitacion fervente e militante para que ese apoio emocional e fervente se converta en votos e nunha victoria decisiva.

Agora correspóndenos reafirmar a defensa de nosa revolucion e de seu lider, Hugo Chavez co voto que exerceremos o domingo 23 de novembro. Onde queira que che corresponda, vota pola túa revolucion bolivariana a favor dos candidatos de Chavez.

Patria Socialista ou Morte!!!

Estamos Vencendo!!!

*Advogado, Analista Politico.

www.juanmartorano.blogspot.com

http://www.juanmartorano.tk

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LIBERDADE PARA AHMAD SAADAT!, SECRETARIO XERAL DA FPLP

O 15 de xaneiro de 2002, Ahmad Saadat, recen escollido Secretario Xeral da Fronte Popular para a Libertación de Palestina (FPLP), foi detido polos organismos de seguridade da Autoridade Nacional Palestina por ordenes de Arafat (o desaparecido líder palestino) e encarcerado en Jericó con vixianza Norteamericana e Británica.

A FPLP, é unha organización revolucionaria e marxista-leninista, un dos partidos políticos de maior importancia e popularidade en Palestina, un partido de Esquerda, Democrático e Laico.

Os motivos que esgrime Israel son que Saadat é o lider da FPLP, da que, un comando desta fronte, executou ao ministro israelí de turismo, o ultra derechista Rehavam Ze'vi, como resposta ao asasinato de anterior secretario xeral do FPLP Abu Ali Mustafá.

Para os palestinos, esta é unha acción terrorista, propia das tropas da ocupación, onde os militares israelís pretenden liquidar a resistencia palestina e súas lideres.

Este feito inédito, débese en realidade ás esixencias de Sharon e os norteamericanos para encarcerar aos lideres da resistencia palestina. Centos foron asasinados por ordes directas de Sharon, entre eles temos que salientar o anterior Secretario Xeral do FPLP Abu Ali Mustafá, e milleiros de detidos en campos de concentración israelís, entre os cales se atopan ministros, parlamentarios democraticamente electos, dirixentes sociais e politicos, mulleres, nenos e mais de 11.000 palestinos presos por loitar en contra dunha ocupación militar estranxeira e pola liberdade do seu país.

As Tropas de ocupación sionista cometen todo tipo de crimes, atrocidades e violacións nos territorios palestinos, en contra dun povo que loita pola súa independencia e liberdade. No entanto, non se entende a actitude de Arafat e as actuais autoridades da ANP, de encarcerar a aqueles que loitan por esta liberdade. Non se entende como acepta as ordes dos opresores encabezados por un criminal de guerra como é o Sharon.

Ainda que todas as forzas políticas e sociais de Palestina e a propia Corte Suprema Palestina de Xustiza, esixiron a Arafat e posteriormente ás autoridades da ANP, a liberación de Ahmad Saadat e os seus compañeiros, antes dos seus secuestro por parte dos militares israelís, lamentabelmente, as esixencias de Israel eran mais fortes que o clamor palestino.

A loita do pobo palestino polo fin da ocupación militar das súas terras é avalada polas resolucións da Organización das nacións Unidas - ONU - , do Consello de Seguridade e todas as demais normas do dereito e a legalidade internacionais. Porén a hipocrisía internacional, o dobre padrón e a prepotencia militar sionista - norteamericana, impediron o cumprimento da legalidade. [Voltar ao inicio desta nova]

ESTADOS UNIDOS: AS ELECCIÓNS DO 4 DE NOVEMBRO

Fidel Castro Ruz

Ante a crise financeira desatada e as súas consecuencias, aos cidadáns norteamericanos preocúpalles máis nestes intres a economía que a guerra de Iraq. Desacóugaos a preocupación polos seus postos de traballo, a seguridade dos aforros depositados nos bancos, os fondos da xubilación; o temor de perder o poder adquisitivo do seu diñeiro e as vivendas onde residen cos seus familiares.

O 4 de novembro vai ser un día de grande importancia. A opinión mundial estará atenta ao que en Estados Unidos ocorra coas eleccións. Trátase da nación máis poderosa do planeta. Con menos do 5 por cento da poboación do mundo succiona cada ano enormes cantidades de petróleo e gas, minerais, materias primas, bens de consumo e produtos sofisticados procedentes do exterior; moitos deles, en especial os combustíbeis e os extraídos das minas, que non son renovábeis.

É o maior produtor e exportador de armas. O complexo militar industrial conta, ademais, cun insaciábel mercado no propio país. As súas forzas aéreas e navais concéntranse en ducias de bases militares situadas no territorio doutras nacións. Os foguetes estratéxicos de Estados Unidos, portadores de cabezas nucleares, poden alcanzar con total precisión calquera punto do mundo.

Moitas das mellores intelixencias do planeta son subtraídas dos seus países de orixe e postas ao servizo do sistema. É un imperio parasitario e saqueador.

Como ben se sabe, a poboación negra introducida a través da escravitude no territorio de Estados Unidos ao longo de séculos, é vítima dunha forte discriminación racial.

Obama, candidato demócrata, é en parte de orixe negra, e nel predominan a cor escura e outros trazos físicos da devandita raza. Puido estudar nun centro de educación superior onde se graduou con notas brillantes. É sen dúbida máis intelixente, culto e ecuánime que o seu adversario republicano.

Analizo as eleccións do día 4 cando o mundo sofre unha grave crise financeira, a peor desde os anos 30, entre outras moitas que ao longo de máis de tres cuartos de século afectaron seriamente a economía de numerosos países.

Os órganos internacionais de prensa, os analistas e comentaristas políticos, empregan parte do tempo no tema. Considérase a Obama como o mellor orador político de Estados Unidos nas últimas décadas. O seu compatriota Toni Morrison, Premio Nobel de Literatura do ano 1993, a primeira da súa etnia nada en Estados Unidos que obtén ese laureado título, e excelente escritora, cualifícao de futuro Presidente e poeta desa nación.

Dei en observar a loita entre ambos os contendentes. O candidato negro, que tanto abraiou ao obter o seu nomeamento na pugna fronte a fortes adversarios, ten ben articuladas as súas ideas e bate unha e outra vez con elas na mente dos votantes. Non vacila en afirmar que por riba de todo, máis que republicanos e demócratas, son estadounidenses, cidadáns que cualifica como os máis produtivos do mundo; que reducirá os impostos á clase media, na que inclúe a case todos; eliminarállelos aos máis pobres, e elevarállelos aos máis ricos. Os ingresos non estarán destinados a salvar os bancos.

Reitera unha e outra vez que os gastos ruinosos da guerra de Bush en Iraq non deben ser custeados polos contribuíntes norteamericanos. Poralle fin e traerá de regreso aos soldados de Estados Unidos. Se cadra, tivo presente que ese país nada tivo que ver cos atentados terroristas do 11 de setembro de 2001. Custou o sangue de millares de soldados de Estados Unidos, mortos ou feridos nos combates, e máis dun millón de vidas a esa nación musulmá. Foi unha guerra de conquista imposta polo imperio en busca de petróleo.

Ante a crise financeira desatada e as súas consecuencias, aos cidadáns norteamericanos preocúpalles máis nestes intres a economía que a guerra de Iraq. Desacóugaos a preocupación polos seus postos de traballo, a seguridade dos aforros depositados nos bancos, os fondos da xubilación; o temor de perder o poder adquisitivo do seu diñeiro e as vivendas onde residen cos seus familiares. Desexan a seguridade de recibir en calquera circunstancia os servizos médicos axeitados e a garantía do dereito a que os seus fillos reciban educación superior.

Obama é desafiante, penso que correu e correrá crecentes riscos no país onde un extremista pode adquirir por lei unha arma sofisticada moderna en calquera recanto como na primeira metade do século XVIII ao Oeste do territorio de Estados Unidos. Apoia o seu sistema e apoiarase nel. A preocupación polos atafegantes problemas do mundo non ocupan realmente un lugar importante na mente de Obama, e moito menos na do candidato que, como piloto de guerra, descargou ducias de toneladas de bombas sobre a cidade de Hanoi, a máis de 15.000 quilómetros de Washington, sen remorso ningún de conciencia.

Cando o pasado xoves 30 lle escribín a Lula, expreseille textualmente na miña carta: "O racismo e a discriminación existen na sociedade estadounidense desde que naceu, hai máis de dous séculos. Negros e latinoamericanos foron alí sempre discriminados. Os seus cidadáns foron educados no consumismo. A humanidade está obxectivamente ameazada polas súas armas de destrución masiva."

"Ao pobo de Estados Unidos preocúpalle máis a economía que a guerra de Iraq. McCain é vello, belicoso, inculto, pouco intelixente e sen saúde."

Finalmente engadinlle: "Se os meus cálculos estivesen equivocados, o racismo de todos os xeitos se impuxese e o candidato republicano obtivese a Presidencia, o perigo de guerra incrementaríase e as oportunidades dos pobos para saír adiante reduciríanse. Malia todo, hai que loitar e crear consciencia sobre isto, gañe quen gañe esas eleccións."

Cando esta opinión que sosteño se publique, ninguén terá xa tempo para dicir que escribín algo que poida ser utilizado por algún dos candidatos en favor da súa campaña. Debía ser, e fun, neutral na contenda electoral. Non é "unha inxerencia nos asuntos internos de Estados Unidos", como diría o Departamento de Estado, tan respectuoso da soberanía dos demais países.

[Artigo tirado do xornal cubano ‘Granma’, do 4 de novembro de 2008] [Voltar ao inicio desta nova]